sábado, 31 de agosto de 2013

Os 10 melhores momentos dos quadrinhos de The Walking Dead


The Walking Dead de Robert Kirkman é uma das mais longas séries do mundo dos quadrinhos. Rick Grimes e seu grupo de sobreviventes tiveram uma longa e dura jornada. Pelo caminho, muitas vidas foram perdidas, alianças foram criadas e momentos de ação não faltam.

Então, o site Bloody Disgusting decidiu fazer uma compilação em uma lista dos 10 melhores momentos da HQ The Walking Dead. Isso não engloba todos os melhores momentos, porque há, simplesmente, muita coisa incrível pra se colocar numa lista só.

AVISO: Continue com cuidado, esse artigo contém spoilers de toda a história de The Walking Dead.


Sem mais delongas, aqui estão os dez melhores momentos de The Walking Dead que o Bloody Disgusting selecionou:
10. A excelente aventura de Rick e Martinez (Edição 36)


Em “This Sorrowful Life” (Vida de Agonia), Martinez descobre que o Governador cortou fora a mão de Rick e decide mudar de lado. No entanto, Martinez foge da prisão na primeira chance que tem. Seu plano era revelar a localização do grupo ao Governador. Rick não estava gostando nada dessa merda. Então ele persegue Martinez com a RV. Ele o atropela, incapacitando o sem vergonha. Então ele fica de pé perto dele em um campo. Rick parece insano enquanto sufoca e xinga Martinez. Martinez jura que só queria salvar as pessoas de Woodbury. No fim, Rick o sufoca até a morte e descobrimos que ele e o Governador não são tão diferentes afinal. Além do mais, essa cena nos dá uma das melhores paisagens na história da HQ.
9. Glenn tira um tempinho face-a-face com Lucille (Edição 100)

Com a aproximação da edição 100 em “Something to Fear” (Algo A Temer), Glenn era uma luz de esperança nessa realidade sombria. Glenn decide se mudar para Hilltop, ele estava feliz. Tudo parecia estar em ordem. Pela primeira vez, Glenn não conseguia parar de pensar no dia de amanhã. Então Negan aparece em cena. Ele comanda a página e separa cada um dos sobreviventes. Ele deixa claro que seu objetivo é acabar com Rick.

Ele levanta seu taco de baseball envolto em arame farpado: Lucille. Ele entra num dilema. Ele não consegue escolher quem vai matar. Naturalmente, como o psicopata que ele é, ele deixa ao acaso. Glenn perde o mais importante jogo de “minha mãe mandou” da sua vida. Negan acerta Lucille na parte de trás da cabeça de Glenn. O crânio de Glenn se abre e seu olho salta para fora enquanto ele chama por Maggie. Uma coisa realmente tocante.
8. Dale tem uma perna de vantagem com os caçadores (Edição 64)

Dale Horvath era um velho grosseiro com um coração de ouro e um profundo senso de moralidade. “Fear the Hunters” (Tema os Caçadores) estava a todo vapor, e Dale havia sido mordido. Ele vai para a floresta numa tentativa de poupar Andrea. No entanto, durante sua tentativa de fuga, os Caçadores o capturam. Ele acorda para ver que sua outra perna fora amputada e que os Caçadores estavam ao seu lado, discutindo sobre seus tipos preferidos de carne humana. Dale fica histérico, e os informa que acabaram de comer carne envenenada. O velhinho ri por último e, cara, como ele gostou disso.
7. O Governador dá uma mãozinha a Rick (Edição 28)

Essa lista não estaria completa sem o Governador. O homem que comandava a pequena cidade de Woodbury com punhos de aço era uma força a ser considerada. Ele levou muitas coisas durante seu tempo nas páginas, mas seu primeiro ato de insanidade continua sendo um dos mais memoráveis. O Governador tinha acabado de capturar Rick. Ele força dois de seus homens a lutar até a morte, rodeados de zumbis. Rick, Michonne e Glenn percebem que ele é completamente insano. Nesse momento, ele exige saber onde Rick e seu grupo estão escondidos, mas Rick não cede. Então, o Governador faz a coisa mais lógica a se fazer. Ele continua seu monólogo, enquanto joga Rick numa mesa. Ele levanta sua faca ao ar e arranca fora a mão de Rick. É imprevisível e insano, e foi um dos momentos que fez de “The Walking Dead” o que é hoje. Depois de “The Best Defense” (A Melhor Defesa), Kirkman deixou claro que nada nem ninguém estava à salvo.
6. O Governador força Lori a deixar a maternidade (Edição 47)

“Made to Suffer” (Nascidos para Sofrer) foi um dos arcos mais sombrios e depressivos da série. O Governador se estabeleceu como um maníaco ameaçador e as coisas na prisão desmoronaram. Então, na edição 46, quando o Governador chega aos portões com Tyreese, os leitores tiveram certeza de que as coisas não podiam piorar. O Governador manda Rick aparecer e, pra mostrar que está falando sério, decapita Tyreese na frente de todo mundo. As coisas não podiam ficar piores, bem, até dois meses depois. O Governador investiu contra a prisão. Rick e sua família tentam fugir, mas Carl corre rápido pra cacete.

Numa tentativa de acompanhá-lo, Rick aumenta o espaço entre ele e Lori. O Governador manda que Lilly atire na família fugitiva. Um tiro acerta as costas de Lori, ela cai em cima da pequena Judith e ambas morrem empilhadas. Nesse momento, começa um novo arco para a série e para Rick. A morte de Lori o muda para sempre e faz com que ele dê valor à segurança de Carl mais do que à própria vida. A última ilustração da edição 47 oferece um impacto incrível. Rick abraça um distraído Carl no topo de um morro, olhando de cima o caos na prisão, enquanto eles precisam se lançar, juntos, no selvagem desconhecido, e com legiões de mortos-vivos em seu encalço.
5. Carl e o Governador finalmente vêem com os mesmos olhos (Edição 83)

A comunidade foi comprometida. Em “No Way Out” (Sem Saída), Kirkman finalmente permite que os leitores se sintam seguros. A comunidade foi murada e várias famílias estão contribuindo para o que parece uma nova Woodbury. No entanto, sendo “The Walking Dead”, não demora muito para as coisas virarem merda. A quantidade de zumbis contra os muros se provou ser demais. Rick sugere, ao grupo de refugiados em sua casa, que deixem a comunidade. Eles levam um tempo pra se preparar e decidem tentar. Assim que chegam ao lado de fora, fica claro que não estão prontos. As coisas vão pra merda quando Jessie simplesmente não larga Carl. Douglas perde a cabeça e está atirando loucamente nas hordas de zumbis. Rick abre caminho até Carl e arranca fora a mão de Jessie, salvando seu filho. Quando ele empurra Carl pelo caos, uma bala perdida da arma de Douglas acerta Carl. A bala leva metade de seu rosto com ela, e resulta num dos melhores painéis da história da HQ. Carl nunca mais foi o mesmo. Esse momento o transformou em uma alma dura e negra. Ao invés de se sentir derrotado por sua deficiência, isso conferiu a ele uma certa despreocupação que salvou sua vida muitas vezes.
4. Abraham & Rick: Guerreiros da Estrada (Edição 57)

“What We Become” (O Que nos Tornamos) provou ser um tempo difícil para Rick e Carl. Eles estavam na estrada, com um destino que parecia quase impossível de alcançar. Abraham e Rick estavam em desacordo quanto à tentativa de suicídio de Maggie. Abraham era a frustração de Rick, forte, dominante e controlado; parecia que era hora de Rick lidar com uma luta interna novamente. Kirkman faz as suas cabeças girarem em um único momento. Abraham e Rick saem em busca de suprimentos na delegacia de polícia, levando Carl com eles. As coisas parecem incrivelmente tensas. E ficam piores quando uma arma é apontada para o rosto de Abraham. Um grupo de caipiras desprezíveis aparece na estrada e tentam estuprar Carl. Rick entra em frenesi e morde o pescoço de um dos atacantes. Abraham acaba com um deles e protege Carl enquanto Rick esfaqueia até a morte o último deles. Esse momento leva Abraham a se abrir e contar o que houve com sua família. Num piscar de olhos, Abraham se torna mais humano e sua relação com Rick é fortalecida. A partir daí, Rick e Abraham meio que lideram o grupo juntos, suas personalidades sempre em conflito, mas nunca deixando que isso prejudique o grupo. Esse momento serviu de fundação para o melhor “bromance” (romance entre irmãos) que “The Walking Dead” já ofereceu.
3. O Rei (Edição 108)

Esse se provou ser mais misterioso que os outros momentos. Ainda assim, a apresentação de Ezekiel em “What Comes After” (O Que Vem Depois) é um grande momento. As coisas estavam fora de controle desde a apresentação de Negan. Ezekiel oferece uma luz de esperança juntamente com um ar de mistério. Algumas edições depois, Kirkman nos agrada com um pouco mais de informação sobre a motivação e o passado do personagem. Ainda assim, sua apresentação nos diz que ele também é uma força a ser considerada com cuidado, e a aliança de Rick com o Reino foi a decisão certa.
2. Dois caras, uma garota e Carl (Edição 6)

Esse foi um dos momentos mais comentados da série. A dinâmica de melhor amigo é frequentemente comprometida em tempos de grande perturbação. Mesmo assim, a condição de Rick com Shane era muito mais que isso. Shane acreditava realmente que Rick estava morto e que fazia a coisa certa ao aceitar o fardo da responsabilidade pela família de Rick. Depois do retorno de Rick, Shane nunca mais foi o mesmo. Seu cantinho aconchegante no meio do apocalipse havia sido comprometido. Shane e Rick estavam em desacordo em relação às mesmas coisas. Eles queriam segurança para aqueles ao seu redor e eles queriam o controle.

Esse momento impulsionou “The Walking Dead” para um lado não apenas de sobrevivência a zumbis, mas para drama profundo entre os personagens. Nós sentimos a condição emocional desses dois homens. Mesmo assim, quando chegou ao fim, apenas um poderia sobreviver. Uma explosão emocional em público envergonha Shane e o faz correr para a floresta. Rick o segue e Shane tem um colapso. Ele está emocionalmente devastado e não pode continuar. Ele aponta sua arma para Rick e uma bala passa pela sua garganta. Carl viu o suficiente, e temia pelo seu pai. Ele deu o tiro que terminou o arco de “Days Gone Bye” (Dias Passados) com uma perfeita nota de desesperança. Isso definiu a série.
1. Sem mordida, sem problema (Edição 14)

Qualquer fã de zumbis irá dizer que um apocalipse zumbi precisa de regras. Convenções do gênero são, muitas vezes, tidas como certas. Você é mordido e se transforma, destrua a cabeça, e continue se movendo. Mesmo assim, em “Safety Behind Bars” (Segurança Atrás das Grades) , Kirkman decidiu adicionar seu próprio toque à mitologia. Julie e Chris tentam suicídio duplo depois de fazerem sexo. Chris atira cedo demais e Julie não tem a chance de retribuir o favor. Tyreese aparece em cena e Julie se reanima em seus braços. É um momento chocante. As coisas mudam daqui pra frente, porque, agora, os mortos não estão mortos. A morte significa reanimação, independentemente da causa. Cada passo que o grupo dá deve considerar essa informação. Foi uma sacada manipulada de maneira excelente e que diferenciou “The Walking Dead” de todas as outras histórias sobre o apocalipse zumbi.

Discorda dessa lista ou acha que esquecemos de alguma coisa? Faça barulho nos comentários!

The Walking Dead está atualmente na edição 113 e a próxima edição será lançada no dia 11 de setembro de 2013.

A CORRENTE Capítulo 12 - Estevão Ribeiro

Série A CORRENTE:
(Leia Antes: Prólogo, Capítulos: 1, 2, 3, 4, 5, 6,8)
Então é a vez de Lídia ouvir uma voz ao pé do ouvido: – Saia já daí. Ele quer te matar. 


No apartamento de Roberto, Lídia e o cabo Dante lutam ardorosamente pela vida do policial. Dante está dominado por uma força diabólica que o impele a apontar uma arma para a própria cabeça e já teria disparado se Lídia não estivesse segurando o seu braço em desespero. O estímulo para a tentativa de suicídio vem do computador de Roberto.



– Para com isso, cara! – grita Lídia, praticamente pendurada no braço do policial.
– E-eu... não... consigo! – afirma Dante, usando de uma força de vontade até agora desconhecida para evitar a sua morte. – P-pelo amor d-de Deus, dona Lídia... Não... me deixe... m-morrer!
– Oh, meu Deus! Cara, eu não estou aguentando! – diz Lídia, ameaçando soltar o braço do policial. – Larga a arma!
– Não consigo! Meu Deus! Eu não consigo! – retruca o policial, chorando. Sua força de vontade está esmorecendo aos poucos. E no monitor, à medida que a bonequinha aproxima o fictício revólver da cabeça, ela sorri bizarramente, deleitando-se com o desespero dos dois à sua frente.
Neste instante, Lídia escuta o soldado Da Matta falando com alguém no corredor do prédio. Agoniada pela situação, ela berra.
– Da Matta! Ajude aqui, pelo amor de Deus! O seu amigo vai morrer!
Da Matta chega e encontra o seu colega de trabalho engatilhando a arma encostada na têmpora. Com rapidez, empurra-o contra a parede, contendo as ações suicidas de Dante, desarmando-o e torcendo o seu braço em suas costas.
– O que você está fazendo, cabo?
– E-eu não conseguia me mover! – afirma Dante, desesperado. Em seguida, aponta para o monitor. – Aquela bonequinha queria que eu me m-matasse!
Lídia desliga o monitor e confirma que, aos poucos, Dante volta a ter controle de seu corpo.
– Pronto – diz para o cabo, ainda sendo pressionado contra a parede. – Acho que acabou.
– Já chega, soldado, pode me soltar – diz Dante para Da Matta, que o obedece imediatamente.
Dante se vira para Lídia, que soluça e chora, encostada no marco da porta do escritório. Da Matta averigua o computador, procurando algo de anormal nele.
– O que aconteceu ali? Como aquele “desenhinho” fez aquilo comigo?
Lídia não responde. Tudo o que pode se ouvir dela são soluços, pois o que aconteceu naquela sala segundos atrás também foi totalmente novo e assustador. Dante também não está muito bem. A sua armadura de coragem foi totalmente destruída pela animação de uma bonequinha negra que quase o fez espalhar sua massa cefálica por todo o escritório do rapaz que vieram prender.
– RESPONDE, PORRA! – grita, descontrolado. – O QUE ACONTECEU ALI?
– Eu não sei! Eu juro que não sei! – diz Lídia, tão assustada com o policial que chega a duvidar que ele tenha recuperado o controle sobre si mesmo.
– MENTIRA! Você está envolvida em algo muito sério com o seu namorado e...
– Ele não é meu namorado! – interrompe Lídia.
Lídia o observa praguejar horrores. Às suas costas, o monitor liga sozinho, fazendo com que sinta um frio percorrer sua espinha, pressentindo o perigo atrás deste ato nefasto.
Dante continua a gesticular e olhá-la com uma mistura de nervosismo e raiva. Mas ela já não escuta. Tudo em sua volta parece não fazer mais sentido, não consegue mais enxergar Dante com nitidez, nem a sala que, em seu novo estado, parece achatar se, querendo esmagá-la.
Ela mal nota quando Dante tira as algemas do cinto e caminha em sua direção. Já não consegue escutar. Sua visão não registra movimentos em tempo real, apenas uma sucessão de quadros com uma mínima conexão entre si.
Então Lídia percebe o rosto de Dante mudar. No quadro seguinte, ele não está mais à sua frente e ela está encostada em um canto, ajoelhada. A forte dor na cabeça mostra que foi atingida por algo.
Talvez tivesse batido numa das prateleiras de Roberto. Teria sido empurrada por Dante? Esta seria sua pergunta se estivesse em condições de formular alguma.
Sem poder contar ainda com sua audição, Lídia olha para o centro do pequeno escritório e se depara com Dante tentando socorrer Da Matta. Não há chance de êxito, pois este se encontra com um buraco na cabeça do tamanho de uma bola de gude. O policial teria se suicidado? Esta seria sua indagação se Dante não estivesse vindo em sua direção, naquela mesma sucessão de imagens que seus olhos insistem em fazer, traindo sua razão.
Teria Dante perdido a cabeça e matado o seu parceiro? Esta pergunta passa por sua cabeça, mas ao sentir que carrega algo em suas mãos, percebe a verdade:
– Larga a arma, dona Lídia!
É a primeira coisa que a ex-namorada de Roberto consegue ouvir depois do frio na espinha. Sua visão faz as pazes com o resto do corpo e ela pouco a pouco consegue visualizar as coisas normalmente.
Vê a arma de Dante apontada para si, vê a arma de Da Matta em suas mãos, vê sangue em sua roupa e sabe imediatamente que não é seu. Ouve o comando do policial e aponta a arma para ele. Quase visualiza o clarão causado pela combustão da pólvora e quase consegue ver a bala sair e invadir sua cabeça.
– Dona Lídia? – pergunta Dante, segurando-a pelos braços à altura dos bíceps. – O que aconteceu?
Lídia percebe que estivera em transe e imediatamente olha para Dante assustada.
– Da Matta!
Vira-se para o computador e vê Da Matta em frente ao monitor, com a arma apontada para a cabeça, tal qual a animação da bonequinha negra está fazendo. – Não faz isso!
Lídia tenta pegar a arma da mão do policial, porém apenas apressa a sua sentença, fazendo-o atirar em si mesmo. Em suas mãos, sobra apenas a pistola e o sangue do soldado tombado mancha sua roupa.
Ela é empurrada para o lado por Dante, batendo a cabeça na prateleira. Naquele momento, percebe que sua vida está em risco. Lídia pensa em atirar em Dante enquanto ele está ocupando tentando socorrer o companheiro, mas hesita em fazê-lo.
Quando Dante se volta para ela, apontando-lhe a arma, algo em sua mente lhe incentiva a atirar no policial. Algo no seu íntimo afirma que daria tempo de acertá-lo antes que ele pensasse em alvejá-la. E é por isso que ela ignora Dante pedindo que abaixasse a arma.
– “Vamos, você consegue!” – diz a voz, vinda do nada. Por um segundo ela acredita e engatilha a arma. Dante grita desesperado, pedindo para ela parar.
Lídia olha para o policial à sua frente e para o cadáver do soldado caído, começando a chorar. Desolada, coloca a arma no chão antes mesmo do cabo pedir uma terceira vez.
– É melhor sairmos daqui, dona. Este lugar vai nos matar! – ordena Dante, puxando a inerte pela mão.
A caminho da porta, o interfone toca, assustando-os. Os primeiros toques do aparelho são encarados com desconfiança. No quinto toque, Lídia vence o medo e atende. Segundos depois, bate-o. Dessa vez, é ela que puxa o policial para fora do apartamento.
– O que foi? – pergunta o policial, sem entender o rompante da garota.
– Roberto acabou de passar pela portaria.– responde Lídia. – Ele estava no prédio o tempo todo!
Dante está tão contagiado pelo mórbido ambiente que mal lembrava do “meliante” que motivou sua entrada àquele inferno. Ele só consegue pensar no seu colega de profissão estirado no escritório de um apartamento da Mata da Praia. E treme ao pensar que este destino mórbido certamente seria o dele, se o companheiro não o tivesse impedido, ganhando a morte em troca de sua boa ação.
– Nós vamos pegar seu ex-namorado, garota... – afirma Dante com um tom raivoso. – ... e que o diabo tenha pena dele!
O silêncio é total dentro do Fiat Uno vermelho de quatro portas. Plínio, geralmente um cara brincalhão, está calado como um morto. Roberto não consegue muitas informações sobre o tempo que ficou trancado com a diabrete na casa de André. O que ele sabe é que já está no centro da cidade de Vitória e, de acordo com o movimento desordenado da multidão nos restaurantes, é em torno do meio-dia, hora do almoço.
– E então? – pergunta Plínio para Roberto, abaixado no banco traseiro.
– Então o quê?
– Você não vai me dizer o que está acontecendo? – retruca Plínio, dirigindo e olhando o amigo pelo retrovisor interno.
– N-não sei do que você está falando! É tudo um imenso engano e...
Plínio freia abruptamente o carro, fazendo Roberto cair no piso do carro.
– Não me faça perder a paciência, Beto! Uma amiga me ligou desesperada, procurando por você, dizendo que você arruinou a vida dela. O que você fez? Andou desviando dinheiro de novo? – fuzila, oferecendo como acompanhamento um olhar raivoso e uma sequência de tapas.
– Ai! Para com isso, rapaz! Com tanta coisa acontecendo em minha vida, você acha que eu vou ter tempo para fazer algo com alguém? – indaga Roberto, enquanto tenta se proteger das agressões.
– Pergunte isso a Ingrid! – diz Plínio, voltando-se ao volante, movendo o carro novamente.
– Ingrid? Aquela menina japonesa? Ingrid.gatinha? – questiona Roberto, temendo o pior. Lembra-se de ter mandado a maldita corrente para ela.
– Ah, então você lembrou, não é? – diz Plínio, tentando ver Roberto pelo retrovisor.
Mas a resposta que tem é a porta direita da parte traseira do carro se abrindo. Roberto se joga na calçada, tentando fugir do colega que há pouco o salvara.
– Roberto! Volta aqui, porra! – grita Plínio. Ele sai do veículo e corre em direção ao amigo que acaba de dobrar a esquina.
A mão de Roberto comprime o abdômen com firmeza e lhe mostra que precisa ser medicado, mas ele ignora a dor e continua correndo, metendo-se na multidão.
Dante e Lídia se despedem do amaldiçoado apartamento de Roberto. A prioridade do policial é colocá-la em segurança, pois suspeita que o hacker virá atrás dela.
– Como isso pôde acontecer? – diz Lídia, com um suspiro cansado. – Como o Roberto fez aquilo com a gente?
– Não podemos dizer que tenha sido ele o culpado do que aconteceu lá em cima, dona Lídia – afirma Dante, abrindo a porta da viatura para a garota.
– O quê? Você está cego? – diz, indignada, enquanto entra na viatura. – Você viu o que aconteceu com a gente naquele apartamento! Como pode dizer isso agora?
– Eu sei o que vi, dona – responde Dante, batendo a porta do carona.
Ele entra no carro e continua o assunto.
– Mas como vou reportar ao meu superior o que aconteceu? “Sr., fomos atender um chamado, uma garota afirmava ter um assassino trancado em casa, mas não havia nada além de um computador que QUERIA ME FAZER COLOCAR UMA BALA NA CABEÇA?” Pense, você acreditaria em algo assim?
O silêncio de Lídia indica sua concordância com o policial. Ele liga o carro e parte daquele nefasto lugar. Num sinal de reconhecimento da atual situação, Lídia solta um lamento.
– Estou fodida.
– Estamos, dona. Estamos.
– Me chame de Lídia.
– Ok, meu nome é Dante.
O policial começa a pensar seriamente na situação. Como iria explicar o que aconteceu? O parceiro dele está morto e não há uma forma aceitável de dizer o que o levou a atirar contra a própria cabeça. Isso certamente vai destruir a sua carreira, podendo culminar numa prisão. Ele precisa de uma explicação para tudo aquilo.
– Tudo bem, Dante? – pergunta Lídia, já não aguentando o mórbido silêncio.
Ao voltar de seu devaneio graças à interferência de Lídia, Dante sente uma ideia ser soprada no seu ouvido.
– Ponha a culpa nela – espeta a voz sombria, gutural.
“E se eu puser a culpa nela?”, pensa Dante.
– Afinal, as digitais dela estão na arma – explica a voz, de forma mais direta do que uma simples sugestão.
“É verdade!”, Dante acena com a cabeça, num sinal de positivo.
– Uma análise aprofundada na pele e roupas mostrará sangue do soldado. E achariam facilmente vestígios de pólvora nas mãos dela – esclarece a voz, agora em sua cabeça, ecoando por toda parede interna de seu crânio, como uma ordem inquestionável.
– É... com certeza! – afirma com um sorriso medonho, deixando o pensamento tomar forma de palavras sem notar.
– Com certeza o quê? – indaga Lídia, ao ouvir a frase desconexa de Dante.
– Você vai ver!
O policial faz uma virada brusca numa rua.
– Para onde nós vamos? A delegacia é para lá!
Dante não responde. Ele segue para uma rua sem saída e com pouco movimento no bairro de Andorinhas, ao lado do mangue.
No meio do pânico, é a vez de Lídia ouvir uma voz ao pé do ouvido:
– Saia já daí. Ele quer matar você.
Ela arregala os olhos. O medo toma o seu corpo e a deixa estática. Não sabe se está assim por ter escutado aquelas palavras vindas do nada ou por seu significado.
– Não perca tempo! Saia já daí e ache Roberto! Ele é o único que pode te ajudar! – ordena a voz em sua cabeça. Ao contrário da que Dante ouviu, esta é mais suave, infantil, pertence com certeza a uma menina.
Lídia assusta-se com o conselho da estranha voz, mas o olhar de Dante evidencia as suas intenções. Seus olhos fixos na parede no fim da rua mostram uma pessoa fora de si.
Ela arrisca um ridículo diálogo:
– Dante?
Ele não responde. Seu olhar continua fixo no muro que se aproxima. Lídia insiste.
– Dante?
– Sim? – responde Dante, ainda com os olhos fixos em seu trajeto. É uma resposta mecânica, ele responde sem sequer notar.
– Você... – Lídia precisa dar uma pausa, engolindo em seco. – Você... vai me matar?
– Vou – afirma Dante, ainda sem tirar os olhos do fim da rua.
O pânico toma conta de Lídia novamente. Sem fôlego, ela ensaia um grito que não sai. Pede a si mesma para ouvir aquela voz de menina a orientando sobre o que fazer. E ela não tarda a vir.
– O acelerador.
Lídia não entende de imediato. Mas não demora para pôr o cinto de segurança e pisar firme no acelerador do carro.
– Hã?! O que você pensa que está fazendo, garota? Querendo resistir à prisão, não é?
Dante tenta pegar a sua arma no coldre da cintura. Ele encontra resistência em Lídia, que continua com o pé colado no acelerador enquanto o soca.
– Isso facilita as coisas... e muito! – conclui. Dá um soco em Lídia, que perde os sentidos. Ele pisa no freio, mas o encontro entre o carro e a parede ao fim da rua é inevitável. O policial amaldiçoa a garota antes de ser projetado para fora contra o cimento. Seu cérebro adiciona tons de vermelho e cinza, enriquecendo a pobre decoração daquela rua sem saída.

Próximo capítulo:
Mas a garota percebe que o silêncio não é total. É possível ouvir uma fraca respiração, som de carros passando, ruídos urbanos.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Vilão de The Walking Dead Estará em Novo Projeto da AMC


Para quem acompanha uma série, não existe nada pior do que saber que um dos protagonistas está à caminho de um novo projeto. E este é o caso de David Morrisey, recém escalado para uma nova trama da AMC. Mas, calma, isso (ainda) não quer dizer que ele vai deixar The Walking Dead.

Intérprete do icônico vilão Governador, o ator foi confirmado no piloto de Line of Sight, que acompanha um homem que sobrevive a uma misteriosa queda de avião e fica obcecado em descobrir o que aconteceu. Isso não quer dizer, porém, que seus dias na história zumbi tenham acabado. “Somos grandes fãs de David Morrissey e estamos felizes por ele ter uma jornada dupla na AMC, mostrando seu trabalho em The Walking Dead e estando no nosso piloto”, indicou o comunicado no canal, informando que ambos são filmados na mesma cidade, sem criar grandes problemas.

Apesar da declaração da emissora, a escalação já começou a criar muitos rumores sobre uma possível despedida do Governador. A resposta sobre seu futuro, porém, só deve vir a partir da 4ª temporada de TWD, que estreia no dia 13 de outubro nos EUA.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

The Walking Dead - Jogo da Telltale estará no Ouya


The Walking Dead, jogo lançado pela Telltale Games no ano passado, terá uma versão para Ouya. Chegarão ao console independente a primeira temporada completa, o DLC 400 Days e a inédita segunda temporada.

Veja anúncio do jogo pela Ouya:

O primeiro episódio do game será disponibilizado gratuitamente, mas será preciso pagar uma quantia ainda não divulgada pelo conteúdo restante. O lançamento está previsto para o inverno no Hemisfério Norte - entre dezembro de 2013 e março de 2014.

A segunda temporada do game está prevista para outubro.

Robert Kirkman mostra os bastidores da quarta temporada de The Walking Dead


Robert Kirkman mostrou um pouco dos bastidores da quarta temporada de The Walking Dead.

O produtor e roteirista exibiu onde o grupo de sobreviventes agora cria animais, uma pequena plantação de alimentos, um gerador de energia e, claro, muitas armas para exterminação de zumbis. Confira:
 





A quarta temporada de The Walking Dead estreia no dia 13 de outubro na AMC e no dia 15 de outubro na FOX Brasil.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Epic Meal Time: Receitas deliciosas com cérebros


Epic Meal Time (ou hora para uma refeição épica, em tradução livre) é um programa de culinária do YouTube conhecido por criar pratos extremamente calóricos, geralmente com carne (com particular ênfase em bacon) e incluindo álcool.

Neste vídeo eles resolveram fazer uma versão zumbi que ao invés de muito bacon tem muito cérebro! Confira ai:
 
“Estamos de volta dos mortos e tudo o que queremos é cérebros, bacon e licor. Todos os nossos amigos estão aqui, então vamos ter certeza de que faremos o melhor e comeremos todos os cérebros que pudermos”.

Novo vídeo da quarta temporada de The Walking Dead

THE-WALKING-DEAD-SEASON-4-10-13-the-walking-dead-34678876-671-419
Faltando pouco mais de um mês para o retorno da quarta temporada de The Walking Dead, a AMC vem divulgando alguns vídeos sobre a nova temporada para deixarem os fãs com o gostinho do que será a nova temporada. Este vídeo é o primeiro Sneak Peek da 4ª temporada, um vídeo de 40 segundos com uma cena do próximo episódio, para atiçar ainda mais a curiosidade.
A chamada oficial:
Atenção fãs de The Walking Dead! Estão preparados para assistirem às primeiras cenas da 4ª temporada? Então sintonizem a AMC neste domingo entre 22:00 e 23:00 ET/PT e confiram o lançamento de um sneak peek especial que irá ao ar durante a exibição da nova série da AMC, ‘Low Winter Sun’.

Além de vídeos sobre a nova temporada, a AMC soltou algumas cenas deletadas da terceira temporada, você pode assistir a cena da Lori zumbi .

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dying Light | Veja 10 minutos da gameplay do jogo

Com muito parkour e zumbis.






dying-light
Em uma jogabilidade em primeira pessoa, um sobrevivente precisa realizar viagens a uma cidade infestada atrás de suprimentos e remédios. Mas precisa ser rápido, pois outras facções também circulam pelo lugar, e ao anoitecer as coisas ficam muito mais difíceis.
A gameplay abaixo foi divulgada durante a Gamescom 2013.

Dying Light é produzida pela TechLand, mesma produtora do primeiro Dead Island, e será lançado para Xbox 360, Xbox One, Playstation 3, Playstation 4 e  PC.

8 maneiras de preparar seus animais para o apocalipse zumbi



Agora seu bichinho está pronto para enfrentar todos as hordas de zumbis que surgirem pela frente!!

The Walking Dead 115 terá 10 capas alternativas

A edição de estreia da “Guerra Total” virá com várias capas extras, em comemoração dos 10 anos de publicação dos quadrinhos.
The Walking Dead 115: Capas AlternativasOutubro é tudo 10 para The Walking Dead. 10 anos de publicação dos quadrinhos, que será comemorado com a edição de estreia do arco Guerra Total, que terá 10 capas diferentes que se juntam para formar uma imagem maior, como um pôster. Cada capa retratará um evento significativo de cada um dos 10 anos da série. A arte destas capas é de Charlie Adlard, atual desenhista dos quadrinhos, com cores de Dave Stewart.

Uma capa revelada a cada dia

Durante os dias úteis das próximas 2 semanas o site TheWalkingDead.com revelará uma das capas da edição 115. A primeira foi revelada nesta segunda dia 26, ilustrando um dos acontecimentos mais marcantes do 3º ano de publicação das HQs: Rick perdendo sua mão direita, com os cumprimentos do Governador, além de mostrar a “temporada de férias em Woodbury” de Glenn e Michonne.
The Walking Dead 115: Capas Alternativas
A primeira capa alternativa de The Walking Dead 115. Clique na imagem para ampliar.

Quais serão as outras capas?

Há diversos momentos marcantes na história de The Walking Dead, vários que certamente merecem uma capa. Quais serão as capas futuras? Mortes da Lori e Shane? Os caçadores? Chegada em Alexandria?

Réplica do colar de orelhas walker de Daryl Dixon


A Gentle Giant continua a revelar seus novos colecionáveis da série de TV The Walking Dead, e o mais recente é uma réplica do colar de orelhas zumbi de Daryl Dixon. Para quem não lembra, o item aparece durante o episódio “Chupacabra”, na segunda temporada.


Descrição: Digitalmente esculpidas usando o verdadeiro colar como referência, e manufaturado por grandes artesãos, a Gentle Giant Ltd. tem o orgulho de trazer até vocês a Réplica do Colar de Orelhas Zumbi de Daryl Dixon, em um estojo. O melhor acessório para exibir juntamente com a sua besta e seu colete de motociclista com asas. O mórbido colar vem dentro de uma bela caixa que também tem uma recriação autêntica da assinatura de Norman Reedus. Esta peça perturbadora é perfeita para qualquer colecionador que seja fã de terror.





Mantenha em mente que a assinatura acima é uma réplica, mas a caixa pode ser aberta, e não deverá ser tão difícil conseguir um autógrafo de Norman Reedus em uma de suas muitas aparições em convenções.

Para mais informações ou para comprar um desses para si, visite o site oficial da Gentle Giant.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quinze curiosidades sobre The Walking Dead


Para os fãs de The Walking Dead que se sentem órfãos e ansiosos diante de inúmeras especulações sobre a próxima temporada que estar por vir, o blog da sissi trás para vocês mais curiosidades sobre a série.

Confira abaixo então, a lista com 15 fatos que talvez você não saiba sobre The Walking Dead.
wakers

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Unboxing do blu-ray edição especial da terceira temporada de The Walking Dead


A Anchor Bay Entertainment disponibilizou um vídeo unboxing do blu-ray edição especial da terceira temporada de The Walking Dead. O aquário zumbi do Governador, ou tanque com cabeças de zumbis, como você preferir, estará disponível a partir da próxima terça-feira (27 de agosto) nos EUA.
O Box contém 5 cabeças de plástico, todas putrefatas e a maioria sem mandíbula ou outras partes É só pôr água e é diversão para toda família, estilo família Adams ou a família Manson, ou qualquer outra família que precise de uma visita de assistentes sociais.
Ainda não temos previsão de lançamento do DVD e Blu-Ray da terceira temporada no Brasil, porém a Playarte deverá anunciar em breve. Possivelmente entre o final de setembro/início de outubro.
Não é querendo fazer propaganda, mas já fazendo, a Saraiva começou a pré-venda da edição especial em seu site por “míseros” R$865,90 reais. Detalhe, o box não vem com legendas em português. O mesmo box você pode encontrar na Amazon, por $98.96 dólares. Se você gostaria de ter mais esse item em sua coleção, eu sugiro que faça as contas e veja qual sairia mais em conta.
E aí fãs de The Walking Dead, prontos para ter seus tanques do Governador em casa?

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com dezesseis episódios na quarta temporada, em 13 de outubro de 2013 na AMC e 15 de outubro de 2013 na FOX Brasil.

primeira previa da quarta temporada de the walking dead






CLIQUE AQUI E VEJA O VIDEO

domingo, 25 de agosto de 2013

The Walking Dead - Será o fim de Hershel na 4ª Temporada?


Pobre Hershel. Ninguém quer vê-lo morto em The Walking Dead, mas sua morte é algo previsível há dois anos. Primeiro ele era o fazendeiro ingênuo que mantinha walkers no celeiro, depois era o idoso que perdeu uma perna em uma prisão cheia de ameaças.

Pois bem, ele continua sendo o idoso perneta vivendo em uma prisão perigosa, e agora sabemos que a quarta temporada – que estreia dia 13 de outubro na AMC – trará ainda mais obstáculos (mesmo ele ganhando uma perna nova).


Neste novo ano, os walkers estarão ainda mais famintos, haverá mais pessoas na prisão para proteger (ou temer), o Governador ainda estará por aí planejando a destruição da prisão, e há uma nova ameaça que deve ser pior que zumbis e humanos. Portanto, faz sentido olhar para o elenco e concluir, mais uma vez, que Hershel é o maior candidato a bater as botas.

De certa forma, Hershel (Scott Wilson) é o novo Dale (Jeffrey DeMunn) – a voz da razão/moral, que evita que as pessoas percam os traços de humanidade. Mas ele seria sensível demais para o mundo atual? Ele não só é mais velho que os demais, como só possui uma perna para escapar das ameaças. Ele é um cara cheio de compaixão, que provavelmente sacrificaria sua vida sem hesitar, para salvar alguém. Além disso, ele é veterinário, o que tem quase o mesmo valor que um médico nas atuais circunstâncias. Ele é o tipo de médico que estará sempre nas trincheiras, ajudando os feridos, o que o colocará ainda mais em perigo.

Conveniente, a morte de Hershel poderia ser um sinal de alerta e união para as forças combinadas do Time Woodbury e do Time Prisão, como ocorreu com a morte de Dale (que uniu o grupo da fazenda) na segunda temporada.

O falecimento do ex-fazendeiro também devastaria as garotas Greene – Maggie (Lauren Cohan) e Beth (Emily Kinney) – mas também as aproximaria a as forçaria a buscar apoio nos demais (Glenn, Carl, Daryl).
Atenção! Alerta de spoiler!
Sabendo-se de tudo isso, ficamos pensando se alguns rumores que circulam na web podem ser válidos. No fórum Spoil the Dead, os fãs vem rastreando spoilers que sugerem que um grande ataque à prisão está sendo filmado, e que irá ao ar perto da mid season finale.

Então Norman Reedus (Daryl) postou duas fotos do ator Scott Wilson (Hershel) – em um dia ele estava apenas um pouco sujo de sangue, e no outro dia ele estava coberto de sangue, e alguém comentou que ouviu ser aquele dia o último dia de Scott. Em outra foto, um membro da equipe estava usando suspensórios em homenagem a Hershel.

Ao mesmo tempo, atores da família Greene (Hershel, Beth, Maggie) foram vistos em um jantar, e tiraram fotos com fãs. Mais membros do elenco foram vistos no mesmo jantar, levando alguns a especular que talvez fosse algum dos “jantares de morte”, para se despedirem de algum personagem. Alguns se convenceram com a especulação ao redor da morte de Hershel, mas é possível que ele – como um homem da medicina – estivesse ensanguentado por estar ajudando outra pessoa. Ele pode apenas ter tentado salvar alguém que estava morrendo. Talvez as pessoas estivessem apenas vestindo suspensórios por brincadeira. Talvez o elenco apenas tenha saído junto para o jantar de morte de outra pessoa, ou simplesmente por que não há muito mais a fazer na área rural da Georgia. Além disso, Norman provavelmente não postaria spoilers, certo? (Apesar de que, se você procurar no Instagram do Norman, a primeira foto ensanguentada de Hershel, publicada em 1 de Agosto, ainda está lá, mas a publicada em 2 de agosto, com o comentário sobre o último dia foi deletada (veja foto abaixo).

O que você acha? Seria triste perder Hershel, mas você ficaria surpreso se ele fosse um dos mortos desta temporada? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!

Seleção de livros para fãs de Zumbis


Os zumbis nos últimos anos chegaram de mansinho, meio cambaleantes, e conseguiram seu lugar na cultura pop. Hoje em dia matamos essas criaturas em jogos no celular, assistimos elas serem trucidadas na série de TV The Walking Dead, e aos poucos o gênero vem abocanhando uma grande fatia das produções cinematográficas, como a exemplo do filme World War Z.

Os zumbis estão movimentando milhões de dólares em qualquer segmento, e a gente sempre quer mais. A verdade é que nunca cansamos de decepar zumbis, e sempre se pode encontrar uma nova forma criativa de fazer isso.

Diante do fato, concluímos que não há momento mais oportuno do que esse para selecionar alguns bons títulos literários mortos-vivos que valem seu peso em carne podre.

Considerando que você já tenha lido os dois livros relacionados a franquia The Walking Dead: A Ascensão do Governador e O Caminho para Woodbury, e se considera um fã desse estilo de terror, tenho certeza que encontrará algo que te agrade nas indicações abaixo. Afinal, a maioria dos livros sobre zumbis são mais sobre os sobreviventes do que sobre os monstros em si, e aqui você vai encontrar de tudo, desde intrigas políticas até romances góticos inoportunos em meio ao fim do mundo. Veja:
A Floresta de Mãos e Dentes, de Carrie Ryan

Como a maioria das adolescentes, Maria tem uma certa angústia da idade, uma desconfiança da autoridade, e um desejo de escapar do mundo onde ela foi criada. A diferença é que ela vive em uma aldeia isolada separada por um único muro de uma floresta cheia de zumbis comedores de carne.

Este é o primeiro livro de Ryan, originalmente concebido para fazer parte de uma trilogia. Poderia, em alguns aspectos, ter sido definido em um condomínio urbano com gangues violentas fora de seus limites. A metáfora da rebelde adolescente durante a metamorfose para sua vida adulta já (é um baita clichê por si só, e se você pode adicionar zumbis ao enredo, Por que não fazê-lo? Mesmo que eles convivam com unicórnios).

Apocalipse Zumbi - Os Primeiros Anos, de Alexandre Callari

O caos reina no mundo. A civilização entrou em colapso. E os poucos que sobreviveram estão exaustos e tentam reunir o que ainda resta das suas forças e recursos para se manterem vivos. 

Apesar da descrição óbvia de cenário para uma história de zumbis, ainda encontramos alguns fatores diferenciados nessa trama, como o fato dos sobreviventes já começarem bem instalados e estabilizados em um mini-quartel de segurança privada e ainda possuírem energia elétrica e acesso a internet após a infecção. Elementos perfeitos para um interessante embate político. Paralelo aos fatos, acompanhamos uma empolgante cena de resgate com uma narrativa eletrizante que vale o valor do ingresso... quer dizer, do livro.


Celular, de Stephen King

Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista Clay Riddell estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King - que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos - elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez.


Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem. Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes.

Apocalipse Z, de Manel Loureiro

Nesta obra, em uma pequena cidade espanhola, um jovem advogado leva uma vida tranquila e rotineira. Um dia, porém, começa a ouvir notícias sobre um incidente médico ocorrido em um país remoto do Cáucaso. Apesar de aparentemente corriqueiras, as notícias chamam tanto sua atenção que ele resolve registrar suas impressões em um blog. Aos poucos, o que eram apenas acontecimentos incomuns ocorridos em um país distante começam a se espalhar por toda a Europa.

Em menos tempo do que poderia supor, o terror se instala. Ruas, bairros e cidades inteiras são tomados por criaturas com um comportamento assustador. Sem nunca ter visto nada parecido e completamente vidrado pela notícia, ele mal se dá conta de que, enquanto acompanha o desenrolar dos fatos de sua casa, a cidade onde mora também está sendo invadida por aquelas bizarras criaturas. Isolado, apenas com seu gato Lúculo e um vizinho, só lhe resta criar uma estratégia de fuga até conseguir encontrar outros sobreviventes. Entretanto, ao conseguir refúgio, ele logo descobrirá que a guerra está apenas começando.


O Desfile da Extinção e Outras Histórias de Zumbis, de Max Brooks

Autor dos cultuados Guia de Sobrevivência a Zumbis e Guerra Mundial Z, Max Brooks apresenta em O Desfile da Extinção uma coleção de relatos do pós- apocalipse zumbi.

A coletânea eleva a literatura zumbi a um novo patamar, no qual a história dessas criaturas se cruza com comentários políticos irônicos, referências históricas e geográficas notáveis, tudo com o humor afiado que caracteriza a obra de Brooks. No conto que dá título ao livro, o leitor se depara com um iminente embate entre zumbis e vampiros.

Afinal, já imaginou como os chupadores de sangue reagiriam ao perceber que os mortos-vivos estão acabando com seu alimento, e com seu espaço na mídia mundial?